A Polis Litoral Ria de Aveiro informa que os trabalhos de balizagem e sinalização dos canais de navegação tiveram início no passado dia 6 de outubro de 2021, tendo a operação arrancado no topo norte do canal de Ovar, junto à marina do Carregal, continuando para sul ao longo desse canal, ao que se seguirão os canais de Ovar até Pardilhó e da Murtosa, que correspondem ao Lote 1 da empreitada. Posteriormente a operação terá continuidade nos canais a sul, que integram o Lote 2 da empreitada.
Tendo em consideração que nos encontramos num sistema lagunar, consequentemente em águas de exíguas profundidades mas sujeitas a significativas variações de nível, a solução adotada contempla a utilização de elementos flutuantes (boias) e estruturas fixas (estacas metálicas aligeiradas cravadas no leito), que serão identificados pela cor, além de serem encimados pelos alvo, refletor de radar e luz correspondentes.
Este assinalamento da Ria servirá para indicar os limites laterais dos canais navegáveis, sendo portanto fundamental para a segurança dos seus utilizadores.
Mais se informa que os trabalhos de dragagem na Ria de Aveiro continuam a decorrer no Canal da Murtosa com descarga para a Ilha do Monte Farinha, no Lago do Paraíso, no rio Boco e na Zona central (“Salgado de Aveiro”).
Recorde-se que esta empreitada - Transposição de Sedimentos para Otimização do Equilíbrio Hidrodinâmico na Ria de Aveiro (também designada por Desassoreamento na Ria de Aveiro e que está a ser desenvolvida em 2 lotes) - foi adjudicada pela Polis Litoral – Ria de Aveiro ao Consórcio “ETERMAR/MMAS/ROHDE NIELSEN”, pelo valor de 17,5 milhões de euros + IVA.
Do total de 1 milhão de m3 de sedimentos a dragar dos vários canais da Ria (canais de Ovar até ao Carregal e até Pardilhó, da Murtosa, de Ílhavo (rio Boco), de Mira, do Lago do Paraíso e da Zona Central), cerca de 650 mil m3 estão a ser depositados nas margens da ria, em zonas baixas ameaçadas pelo avanço das águas e pelas cheias, para proteção de pessoas e bens. Nos Canais de Mira e de Ovar até ao Carregal, para além dos depósitos previstos nas margens, parte dos sedimentos, cerca de 350 mil m3 foram já depositados na praia, na zona de rebentação, de forma a lavar o sedimento e reforçar a deriva litoral, com vista à minimização de efeitos erosivos nestes troços particularmente ameaçados.
Esta ação é financiada pelo PO SEUR – Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos, com uma comparticipação de 75%, sendo a contrapartida nacional assegurada pelo capital social proveniente do Estado e pelas Águas do Centro Litoral, no que respeita à estabilização das suas condutas.